Determinação e quantificação de avermectinas em leite por cromatografia a líquido de alta resolução com detecção por fluorescência

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L. S. Lagêdo
M. F. Resende
M. A. T. Lemos
A. D. Pereira Netto

Resumo

Atualmente, a pecuária dispõe de diferentes medidas para coibir as infecções nos animais que se apóiam no emprego de fármacos com ação profilática ou terapêutica. Nas últimas décadas, o uso dos antiparasitários tem sido uma das alternativas de tratamento de maior eficácia e de uso frequente por parte dos produtores. As avermectinas (abamectina, ivermectina, doramectina e eprinomectina) são lactonas macrocíclicas com propriedades antiparasitárias e anti-helmínticas de amplo espectro, frente às formas adultas e imaturas de nematoides que podem permanecer no produto final na forma original ou como metabólitos. A possibilidade da presença de avermectinas (AVMs) no alimento representa um potencial risco à saúde do consumidor como, por exemplo, hipersensibilidade, alergias e resistência. O objetivo do presente trabalho foi implementar condições de quantificação de AVMs em leite UHT integral de diferentes marcas, adquiridos no comércio da Cidade de Niterói, RJ, Brasil. O método de extração líquido-líquido com purificação em baixa temperatura (ELL-PBT) foi empregado na extração das AVMs. Com essa finalidade, 8 mL de acetonitrila foram adicionados a 4 mL de leite. A suspensão obtida foi homogeneizada em vórtex e agitador orbital e, posteriormente, congelada a -18º C por 24 horas. Após esse período, era obtido um sistema bifásico constituído da fase sólida (congelamento da fase aquosa e da matriz) e de fase líquida (sobrenadante), obtendo-se um extrato praticamente isento de água, que foi desidratado com MgSO4. As AVMs presentes no extrato eram posteriormente derivatizadas com 1-metilimidazol, trietilamina, anidrido trifluoracético e ácido trifluoracético em condições otimizadas. A análise e quantificação dos derivados foram realizadas por CLAE com detecção por fluorescência (excitação em 365 nm e emissão em 470 nm). Os parâmetros analíticos do método foram avaliados por curvas analíticas com concentrações dos quatro derivados na faixa de 0,500 a 8,00 μg/L, resultando em limites de quantificação de 0,100 a 0,400 μg/L e coeficientes de determinação iguais a 0,999 ou 1,00. A avaliação da recuperação dos analitos foi realizada com amostras fortificadas em três níveis (5,00 10,0 e 20,0 μg/L) e em triplicatas independentes, e valores entre 69 a 93% com coeficiente de variação < 10% foram obtidos. A aplicação da metodologia desenvolvida em amostras de leite UHT integral adquiridas no mercado de varejo do Rio de Janeiro e Niterói indicou que as AVMs não foram encontradas nas amostras e que a concentração de Ivermectina era, portanto, menor que seu LMR. O método empregado apresentou boa produtividade, pois a etapa de extração é praticamente independente de manipulação. 

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Como Citar
LAGÊDO, L. S.; RESENDE, M. F.; LEMOS, M. A. T.; PEREIRA NETTO, A. D. Determinação e quantificação de avermectinas em leite por cromatografia a líquido de alta resolução com detecção por fluorescência. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 9, n. 3, p. 67-67, 11.
Seção
RESUMOS ENDESA