Fisioterapia no tratamento de osteoartrose em gatos - relato de caso
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Resumo
A osteoartrite é uma moléstia comum em animais idosos de pequeno porte, caracterizada pela lesão progressiva da cartilagem articular, espessamento da cápsula articular e produção de osso periarticular novo (osteofitose), pode ser definida como “moléstia articular de lenta evolução”, caracterizada pelo desenvolvimento gradual da dor, rigidez e limitação dos movimentos. A fisioterapia nestes casos tem como finalidade, diminuir a dor, melhorar a amplitude articular, restauração e manutenção da função, mantendo e recuperando a atividade normal do animal. Nino, felino, S.R.D, macho com aproximadamente 6 anos, foi encaminhado ao serviço de fisioterapia, com queixa principal de dor, e de não apoiar o membro. Fora tratado em colegas com medicações de suporte para dor (AINES e tramadol). Ao exame físico o animal apresentava dor na articulação úmero-radio-ulnar direita, crepitação articular, não apoiava o membro, e com a deambulação deficiente. Solicitou-se então, a radiografia da articulação acometida, onde esta apresentava com perda da definição da interlinha radiográfica, áreas radio transparentes em incisura troclear da ulna, epífise proximal do rádio e côndilo umeral, discreta reação periosteal em face lateral do terço distal do úmero e face lateral do terço proximal do rádio, visibilizada pela projeção craniocaudal, irregularidade óssea em face medial do terço proximal do rádio, discreto aumento de volume de partes moles adjacentes, característica da osteoartrose. Iniciado o tratamento com sessões de fisioterapia 2 vezes na semana, com TENS, ultrassom terapêutico e laser terapêutico, e amitriptilina 0,5mg/Kg SID. o animal já apresentou melhora significativa nas primeiras sessões para dor, conforme as sessões eram realizadas o animal apresentava melhoras tanto na diminuição crepitação e melhora na deambulação. Durante 1 mês, foi realizado 2 sessões, por semana e após foi realizado sessões semanalmente. Após três meses de tratamento o animal voltou a deambular normalmente e com leve crepitação. Na radiografia controle, em projeção lateral nota-se evidente melhora no padrão radiográfico da articulação úmero-radio-ulnar, apesar em algumas áreas a lise ter evoluído, mas de modo geral a articulação apresenta menos irregularidades (osteofitos periarticulares), já na projeção crânio caudal percebe-se estabilidade do padrão. Podemos concluir que a fisioterapia foi eficaz no controle da dor, na melhora da deambulação e na estabilização da injúria articular.
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