Angústia respiratória aguda por colapso de traqueia: correção cirúrgica com colocação de stent – relato de caso
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Resumo
O colapso de traqueia ocorre pelo estreitamento do seu lúmen, redundância da membrana dorsal, ou ambos; relacionada ao hiperadrenocorticismo, cardiopatia, obesidade, bronquite crônica, entubação recente, síndrome dos braquicefálicos e genética. Acomete a traqueia extratorácica e/ou intratorácica, comum em cães de meia idade de raças pequenas e miniaturas. Seu desenvolvimento é crônico, sendo passível de tratamento medicamentoso; ao agudizar, causa angústia respiratória, sendo necessária correção cirúrgica através da colocação de uma prótese. O diagnóstico definitivo é feito com radiografias torácicas; a cirurgia necessita o auxílio de broncoscopia. Relato de Caso: Um cão, Maltês, fêmea, oito anos, foi atendida no Centro de Saúde Animal Jardins em angústia respiratória aguda, com mucosas congestas, hipertermia, taquicardia, taquipneia, distrição expiratória e respiração abdominal; proprietária relatou dificuldade respiratória e ruídos similares a engasgos. Histórico de correção cirúrgica de colapso de traqueia em descendente, dois meses antes. Paciente mantida sedada com propofol (50mcg/kg/min em infusão contínua) para viabilizar entubação orotraqueal; ventilando sozinha e mantendo 96% de saturação. Radiograficamente observada redução de lúmen traqueal em região cervicotorácica, sugerindo colapso; diagnóstico confirmado com endoscopia. Realizada cirurgia para colocação de prótese de Nitinol por toda a extensão da traqueia. Mantida internada para controle de tosse e tratamento de pneumonia. Mantida terapia com codeína (2mg/kg), enrofloxacina (5mg/kg), ceftriaxona, (30mg/ kg), tramadol (2mg/kg), omeprazol (1mg/kg) e sucralfato; descontinuado o corticoide após hematoemese. Após quatro dias recebeu alta; nos retornos relatado tosse apenas quando paciente muito excitada. Discussão: Mesmo na presença de pneumonia optou-se pela correção cirúrgica imediata do colapso devido à angústia respiratória aguda. O stentimplantado se estendeu por toda a extensão da traqueia a fim de evitar deslocamento da prótese. Acredita-se que o hiperadrenocorticismo esteja relacionado ao quadro, assim como fatores genéticos. Conclusão: Inicialmente o colapso de traqueia tem evolução lenta, sendo passível de tratamento medicamentoso. Em casos de angústia respiratória ou refratariedade ao tratamento clínico, recomenda-se a correção cirúrgica com a colocação de um stent intraluminal.
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