Ocorrência de ectoparasitos do gênero dolops (crustacea, branchiura) em peixes redondos oriundos de piscicultura no Mato Grosso

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Juliana Rosa Carrijo Mauad
Nathalia Lopez Pereira
Emily Soares Pereira
Ricardo Massato Takemoto
Santiago Benites de Pádua

Resumo

O objetivo deste estudo foi identificar e quantificar a presença de ectoparasitos do gênero Dolops (Crustacea, Branchiura) em peixes da espécie Tambaqui (Colossoma macropomum) e os híbridos Tambacu e Tambatinga. O estudo foi conduzido em uma piscicultura, no Município de Primaverinha no estado de Mato Grosso. Foram realizadas duas coletas, sendo uma em 2011 e a outra em 2012. Foram examinadas o total de 90 peixes adultos: 30 Tambaquis, 30 Tambatingas e 30 Tambacu, que foram estocados em três tanques redes, alocados um ao lado do outro e receberam o mesmo manejo alimentar. Para a avaliação e biometria, os animais foram anestesiados com bezocaíina. Em seguida, os ectoparasitos foram retirados com pinças cirúrgicas de cada amostra animal e armazenados em frascos com álcool 70% para posterior quantificação e identificação. Os resultados encontrados na primeira coleta foram de 196 Dolops sp dos 15 Tambaquis; 57 de 15 Tambatingas e 23 dos 15 Tambacus. Na segunda coleta foram avaliados 45 peixes, sendo 15 de cada espécie. Os Tambacus foram os que mais apresentaram o ectoparasito (247), em seguida os Tambaquis (220) e as Tambatingas (147). Sendo assim, a espécie Tambaqui apresentou o maior número do crustáceo (n=416) e o maior peso médio (1,070kg) em comparação com os híbridos Tambacu, com 270 Dolops sp. e 351g e a Tambatinga (n=204) com 483g. O sistema de cultivo intensivo de peixes caracteriza-se pelo aumento da densidade de estocagem com objetivo de maior produtividade. Entretanto, este tipo de produção comercial apresenta, muitas vezes, índices elevados de contaminação por parasitos, os quais estão diretamente relacionados ao manejo impróprio, dando origem a enfermidades infecciosas e/ou parasitárias. Além disso, abre-se a discussão quanto a diferença entre espécie e híbrido, relacionada ao peso e a susceptibilidade para infestação de ectoparasitos. Neste trabalho conclui-se que a espécie pura foi a mais pesada, entretanto apresentou a maior quantidade de parasito.

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Como Citar
MAUAD, J. R. C.; PEREIRA, N. L.; PEREIRA, E. S.; TAKEMOTO, R. M.; PÁDUA, S. B. DE. Ocorrência de ectoparasitos do gênero dolops (crustacea, branchiura) em peixes redondos oriundos de piscicultura no Mato Grosso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 3, p. 58-58, 11.
Seção
RESUMOS CONBRAVET