Mapeamento dos epitopos da toxina épsilon de clostridium perfringens tipo de produção de imunógenos de peptídeos sintéticos
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Resumo
O presente trabalho teve como objetivo o mapeamento dos epitopos da toxina épsilon (ETX) de C. perfringens tipo D e a produção de imunógenos de peptídeos sintéticos. Para tal, foram sintetizados 130 peptídeos de 15 aminoácidos cada, em sobreposição e intercalados dos três resíduos iniciais, em membrana de celulose, por meio da técnica de síntese em spot. Soros anti-ETX purificados de coelho e ovino foram utilizados em ensaios imunoquímicos para testar a interação dos seus anticorpos com os peptídeos sintetizados. Seis epitopos mapeados foram sintetizados de forma solúvel, encapsulados em lipossomas, conjugados ao hidróxido de alumínio e empregados separadamente na imunização de camundongos. Seis grupos com seis camundongos cada receberam quatro doses intervaladas de 10 dias dos respectivos imunógenos; ao final deste processo, os soros obtidos foram titulados por meio de ELISA competitivo. Com base nos resultados dos ensaios imunoquímicos, 16 prováveis epitopos foram identificados na estrutura primária da ETX de C. perfringens tipo D. Três epitopos empregados nas inoculações induziram a produção de anticorpos detectáveis no ELISA competitivo e são, provavelmente, imunodominantes. As porcentagens de inibição para os epitopos de número 3, 4 e 16 foram respectivamente 4,35, 9,95 e 7,68 %. Os determinantes antigênicos 3 e 4 estão parcialmente sobrepostos, linearmente e espacialmente próximos, além de fazerem parte do domínio I da ETX. Esta região está provavelmente envolvida na ligação da toxina com seus receptores celulares, além de possuir aminoácidos essenciais para a interação proteína-receptor e a citotoxicidade da toxina. Já o epitopo 16 é constituído pela porção carboxi-terminal da ETX, o qual faz parte do domínio III da mesma; esta região parece estar envolvida na oligomerização da toxina, que precede a formação do poro celular. Os resultados do presente trabalho fornecem informações importantes para o entendimento das características estruturais, patogênicas e imunológicas da ETX e podem auxiliar no desenvolvimento de novas vacinas e terapias contra os efeitos deletérios dessa toxina em animais e humanos.
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