Utilização de flap padrão axial tubular toracodorsal em dois cães: relato de caso

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Nathália Helena Pereira da Silva Dal Pietro
Guilherme Sembenelli
Cynthia Marchiori Bueno
Monica Carolina Nery Wittmaack
Marcos Vinícius Sicca Guiduce
Andrigo Barbosa De Nardi
Bruno Watanabe Minto

Resumo

As técnicas de cirurgia reconstrutiva têm ganhado destaque na Medicina Veterinária, possibilitando a reparação de feridas cutâneas abertas de grande extensão secundárias à traumas, anomalias congênitas e neoplasias. O presente trabalho descreve dois casos em que foram utilizados o flap padrão axial tubular toracodorsal para correção de uma ampla falha cutânea na região cubital após a retirada de uma neoplasia. Dois cães, um da raça Pequinês e outro da raça Boxer, foram apresentados com acentuado aumento de volume na região cubital. Nos três pacientes foi realizada a punção biópsia aspirativa da massa, para fins diagnósticos, confirmando-se a suspeita de neoplasia. Como tratamento, foi indicado a exérese do tumor, respeitando- se as margens de segurança. Durante o planejamento pré-cirúrgico, verificou-se escassez de pele para a síntese do local após a ressecção do tumor, diante disso, optou-se pela realização de um flap padrão axial tubular toracodorsal, em vista da localização anatômica da lesão. Para a obtenção do retalho cutâneo foram realizadas duas incisões paralelas estendendo-se até a linha mediodorsal, preservando a artéria e veia toracodorsal. Uma das extremidades do flap foi destacada da região doadora, a partir de uma incisão na base mediodorsal, formando um retalho pediculado retangular. O flap foi, então, acomodado sobre a ferida e um tubo de comunicação entre a área doadora e a área receptora foi suturado. A síntese das bordas do flap e da ferida foi realizada em padrão simples separado com fio nylon 3-0, sem aproximação do tecido subcutâneo. No pós-operatório foi recomendado repouso, bandagem, medicamentos para analgesia e antibioticoterapia. No 3o dia pós-operatório observou-se, em ambos pacientes, edema e alteração na coloração, principalmente da porção distal do flap, provavelmente resultante de uma extensa manipulação do retalho durante a manobra cirúrgica por instrumentos cirúrgicos isquemiantes. Progressivamente, essas alterações tornaram-se menos intensas e a cicatrização tecidual evoluiu positivamente, fato que comprova a preservação da irrigação venosa e arterial e a viabilidade do flap cutâneo. No 30o dia foi realizada a retirada do tubo, de forma a prevenir complicações futuras, como traumatismo por pressão, avulsão ou laceração. Concluiu-se neste relato que o uso da técnica de flap tubular padrão axial toracodorsal mostrou-se eficaz na cirurgia reconstrutiva da região do cotovelo em cão.

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Como Citar
DAL PIETRO, N. H. P. DA S.; SEMBENELLI, G.; BUENO, C. M.; WITTMAACK, M. C. N.; GUIDUCE, M. V. S.; DE NARDI, A. B.; MINTO, B. W. Utilização de flap padrão axial tubular toracodorsal em dois cães: relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 3, p. 76-76, 11.
Seção
RESUMOS CONBRAVET