Adenocarcinoma pancreático em um cão: relato de caso
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Resumo
O adenocarcinoma pancreático é um tumor altamente maligno. Esta neoplasia frequentemente desenvolve metástases para o fígado, peritônio, pulmões e linfonodos locais. Acomete animais mais velhos, não apresentando predileção por raça. Os sinais clínicos são inespecíficos e ao exame físico ocasionalmente é palpável um aumento de volume na região epigástrica cranial. Muitas vezes o animal encontra-se ictérico, devido à obstrução dos ductos biliares ou pelas metástases hepáticas. O diagnóstico definitivo é feito por meio da laparotomia exploratória e biópsia. O tratamento paliativo é a ressecção cirúrgica do tumor quando possível associado à quimioterapia. Um canino da raça Rottweiler, fêmea, oito anos, foi atendido com a queixa de perda de apetite, vômitos e perda de peso. Ao exame clínico o animal apresentava icterícia e aumento de volume abdominal. As alterações hematológicas encontradas foram uma severa anemia, proteína plasmática total diminuída e aumento da fosfatase alcalina. Foi realizada ecografia abdominal e detectada distensão das alças intestinais, peristaltismo reverso e diminuído, levando o clínico a suspeitar de uma possível obstrução intestinal. Também foi observado fígado com aspecto hiperecogênico. Optou-se então pela laparotomia exploratória, onde foi visualizado um corpo estranho intestinal em região de jejuno, sendo necessária a realização de ressecção e anastomose deste segmento intestinal. Ao inspecionar os outros órgãos observou-se a presença de nodulações no omento com aderências no estômago e baço. O material foi coletado e enviado para biópsia. O laudo da biópsia diagnosticou adenocarcinoma de pâncreas. O animal foi a óbito 14 dias após a cirurgia. Na necropsia observou-se icterícia generalizada, deposição de fibrina na superfície dos órgãos, áreas nodulares no estômago, pâncreas aumentado de volume e com nódulos. Na histopatologia foi observada proliferação neoplásica de células epiteliais malignas no pâncreas, estômago e intestino delgado. Conclui-se que se tratava de um adenocarcinoma de pâncreas com metástase em intestino delgado, mesentério, linfonodos e estômago. A laparotomia exploratória associada à biópsia do material com alterações foi importante para o caso relatado corroborando com a literatura, sendo essencial tanto para diagnóstico definitivo quanto para diagnóstico diferencial.
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