Ocorrência de botulismo em potra – relato de caso
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Resumo
Botulismo é considerado uma doença neuroparalítica grave, não contagiosa, resultante da ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. O botulismo apresenta elevada letalidade e deve ser considerado uma emergência médica e de saúde pública. Quando não diagnosticado precocemente e sem intervenção médica, o animal pode vir a óbito em 24 a 72 horas do início dos sinais clínicos, por paralisia respiratória. Uma égua de 18 meses de idade, raça Paint Horse, proveniente do interior do Estado de São Paulo, foi encaminhada ao H.V. UNIMAR devido a sintomas neurológicos que havia aparecido há três dias. Dentre esses sintomas, a égua apresentava paralisia flácida, decúbito lateral, tremores musculares, hipotonia da cauda, déficit de deglutição, dificuldade respiratória e retenção urinária. O diagnóstico foi feito a partir da anamnese, na qual o proprietário relatou que o piquete estava ao lado de uma granja de galinhas poedeiras e também era adubado com cama de frango. Contou ainda que, há dois meses, três bovinos tinham vindo a óbito com sintomas de botulismo. Durante o exame clínico, foi feito o teste de retração da língua para lateral, e dessa forma ela se manteve. O teste laboratorial não foi confirmado devido ao recesso laboratorial. Foi iniciada terapia intensiva de emergência, sendo fluidoterapia com ringer lactato, adicionado de cálcio, protetor hepático e vitaminas do complexo b. Como protocolo, foi instituída antibioticoterapia (ceftiofur, 1×/dia) para prevenção de enfermidades secundárias. No dia em que o animal chegou, foram administrados cinco frascos de dexametasona iv. A fluidoterapia se manteve por sete dias, durante 24 horas, sendo, no total, administrados 290 litros de ringer lactato com suporte já mencionado. Manteve-se a antibioticoterapia, devido a escaras de decúbito que o animal apresentava em regiões de saliências ósseas e articulações. O animal era alimentado via sonda com papa de capim enquanto não apresentava melhora de deglutição. No 2º dia de terapia, o animal passou a urinar e defecar sem mais a necessidade de sondagem uretral e palpação retal. No 3º dia de terapia, o animal passou a deglutir e foi colocado em estação através de guincho e, dessa forma, se manteve com um pouco de dificuldade por seis horas. Assim era feito diariamente até que conseguisse levantar sozinho. No 7º dia, foi suspendida a terapia de fluidoterapia, pois o animal apresentava melhora dos sintomas. O tratamento com antibiótico continuou devido a escaras de decúbito. Prognóstico bom, pois o animal não apresenta mais sintomas e está em fisioterapia para diminuir sequelas musculares e articulares.
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