Casuística clínica do ambulatório de animais silvestres e exóticos da UFBA

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Bruna Lima e Cima Miranda
Rodrigo Arapiraca Pinto
Alan Santos Beanes
Ianei Carneiro
Janis Cumming Hohlenwerger
Pollyana Silva Santos
Paulo César Costa Maia

Resumo

Foi efetuada uma análise dos registros dos atendimentos, das principais
suspeitas clínicas e das principais espécies animais consultadas no Ambulatório
de Animais Silvestres e Exóticos da Universidade Federal da Bahia – UFBA.
Foram reunidas 503 fichas de atendimento clínico, correspondentes ao período
de 01/2012 a 04/2013. O arquivo constituía-se de fichas clínicas individuais,
com o histórico, suspeita clínica e tratamento. Em seguida, as fichas foram
segmentadas em classes taxonômicas convenientes aos grupos avaliados, de
acordo com o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica (ICZN).
Dentro do período relatado, foram atendidos 503 animais, sendo 45% de aves,
37% de mamíferos e 18% de répteis. Das 225 aves atendidas, as suspeitas clínicas
foram compatíveis com doenças nutricionais e traumas diversos. Dentre os 189
mamíferos, as enfermidades mais comuns entre os roedores foram má-oclusão
e problemas dermatológicos. Na ordem lagomorpha os quadros clínicos
mais comuns foram fratura e problemas dermatológicos. As enfermidades
observadas nas ordens rodentia foram problemas com ectoparasitos e máoclusão.
A maior parte dos primatas atendidos era oriunda de vida livre. O
quadro clínico mais comum foi relacionado a trauma e suspeita de doenças
infectocontagiosas. Entre os 89 répteis atendidos, os quadros clínicos mais
encontrados em jabutis foram distúrbios no sistema reprodutor, traumas e
desnutrição. O estudo retrospectivo dos atendimentos clínicos observados
demonstrou a importância da conscientização ambiental a ser realizada com
os proprietários, assim como a necessidade de maior difusão de informações
sobre o manejo a ser realizado nesses animais. É importante ressaltar que a
casuística é um dado significante para a comunidade acadêmica, uma vez que
expõem a demanda de atendimentos, os erros no manejo desses animais, bem
como é um importante dado epidemiológico da cidade de Salvador-BA.

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Como Citar
MIRANDA, B. L. E C.; PINTO, R. A.; BEANES, A. S.; CARNEIRO, I.; HOHLENWERGER, J. C.; SANTOS, P. S.; MAIA, P. C. C. Casuística clínica do ambulatório de animais silvestres e exóticos da UFBA. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 12, n. 1, p. 37-38, 24 out. 2014.
Seção
RESUMOS CONBRAVET