Marcus Paulo de Matos Maturino
Universidade do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas, Laboratório e Núcleo de Estudos em Doenças Infecciosas, Cruz das Almas, BA
Lourival Souza Silva Junior
Universidade do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas, Laboratório e Núcleo de Estudos em Doenças Infecciosas, Cruz das Almas, BA
Robson Bahia Cerqueira
Universidade do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas, Cruz das Almas, BA
Leonardo Rosa da França
Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, Vitória da Conquista, BA
Diana de Oliveira Silva Azevedo
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciência da Saúde, Cruz das Almas, BA
Bianca Pimentel Silva
Universidade do Recôncavo da Bahia, Laboratório e Núcleo de Estudos em Doenças Infecciosas, Cruz das Almas, BA
Resumo
A brucelose é uma doença bacteriana de grande importância para a economia pecuária e para a saúde pública por se tratar de uma zoonose. É uma doença infecto-contagiosa que tem com agente etiológico bactérias do gênero Brucella. Em bovinos, a espécies do gênero é a Brucella abortus que são cocobacilos gram negativos, intracelulares facultativos, imóveis e não esporulado. A infecção apresenta evolução crônica e acomete animais de todas as idades, sendo mais frequente em indivíduos sexualmente maduros. A principal porta de entrada da brucelose em bovinos é a digestiva, podendo também se dar na reprodução, por monta natural, mas, principalmente, por inseminação artificial. A transmissão ao homem pode ocorrer por meio do contato com animais doentes, manipulação de produtos de origem animal, ingestão de carne, sendo possível a sobrevivência da bactéria em carnes conservadas em câmaras frigoríficas, leite e queijos contaminados. O presente trabalho teve como objetivo investigar animais soro reagentes abatidos em um frigorífico inspecionado na região sudoeste da Bahia. Os animais utilizados foram da espécie bovina, machos e fêmeas, selecionados aleatoriamente no momento do abate, totalizando 316 animais. Não havia informação quanto a vacinação das fêmeas contra a Brucelose. A coleta de sangue deu-se no ato da sangria dos animais, logo após o corte dos grandes vasos do coração, realizado este pelo magarefe no frigorífico. O sangue foi coletado em tubos de ensaio de 10ml sem anticoagulante, estes tubos foram identificados e numerados, e permaneceram inclinados para facilitar o processo de retração do coágulo, visando a obtenção do soro para realização dos testes sorológicos. Os soros foram transferidos para microtubos estéreis, que foram mantidos congelados a –20°C até a realização dos testes sorológicos. No momento da realização das provas sorológicas, as amostras foram descongeladas e mantidas à temperatura ambiente, todas as amostras foram submetidas à prova de triagem do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), conforme o protocolo recomendado pelo MAPA. Dos 316 animais examinados, cinco foram reagentes na prova do AAT, refletindo uma frequência de 1,58%. Este resultado sugere que após análise dos soros dos bovinos destinados ao abate na região sudoeste do estado da Bahia, foram encontrados animais reagentes para brucelose com o teste do AAT.