Avaliação da hemodinâmica uterina e umbilical durante a indução do parto em ovelhas
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Resumo
A monitorização do fluxo sanguíneo materno-fetal durante a gestação é importante na predição do bem-estar fetal e de condições adversas que comprometam o desenvolvimento fetal intrauterino. A ultrassonografia Doppler fornece parâmetros como índice de resistência (RI), relação sístole-diástole (S/D) e índice de pulsatilidade (PI), considerados indicativos da perfusão placentária e fetal. O presente estudo avaliou o fluxo das artérias uterina (AU) e umbilical (AUM) durante a indução do parto em ovinos, bem como no pós-parto imediato. Oito ovelhas, com idade gestacional de 135 dias foram submetidas à indução do parto com aglepristone (0,33 ml/kg/IM), sendo 2 aplicações com intervalo de 24h. Os exames foram realizados com equipamento Mindray M5Vet e transdutor retal. As mensurações da AU direita e esquerda foram realizadas por via retal, enquanto a AUM por via transabdominal, nos períodos I (12h após 1ª aplicação de aglepristone), II (12h após 2ª aplicação de aglepristone), III (24h pós-parto), IV (24-72h pós-parto) e V (72-120h pós-parto). O teste LSD complementar à ANOVA e o teste T foram utilizados para análise dos resultados (p<0,05). Em todos os períodos não foi observada diferença significativa entre AU direita e esquerda para RI (0,67±0,02/0,65±0,01), S/D (6,03±2,33/3,43±0,23) e PI (1,34±0,09/1,25±0,07). Durante o tratamento não houve alteração de RI (I - 2,22±0,01; II - 2,94±0,03) e PI (I - 0,8±0,06; II – 0,98±0,11) para AU, e para AUM, sendo RI (I – 0,62±0,02; II – 0,56±0,02) e PI (I – 0,98±0,06; II – 0,89±0,07). No pós-parto ocorreu aumento de RI (III - 0,71±0,02; IV – 0,71±0,02; V – 0,76±0,02) e PI (III - 1,39±0,07; IV – 1,49±0,13; V – 1,73±0,11) na AU. Os valores de S/D não diferiram durante o pré e pós-parto. Em mulheres, RI, S/D e PI estão negativamente correlacionados com os níveis séricos de progesterona. A indução do parto prematuro com um antiprogestágeno não apresentou efeito adverso no fluxo materno-fetal, uma vez que a avaliação dopplervelocimétrica permaneceu inalterada durante o tratamento. Acredita-se que a progesterona não seja um hormônio com efeitos significativos no relaxamento vascular uterino. Ainda, pode-se sugerir que o aumento dos índices dopplervelocimétricos no período pós-parto é decorrente da involução uterina, período fisiológico em que não se faz necessário um fluxo sanguíneo elevado para o útero. Estudos futuros devem ser realizados em busca de mecanismos fisiológicos responsáveis pelo efeito vasodilatador na gestação, fundamental para o desenvolvimento fetal intrauterino.
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