Avaliação do efeito terapêutico do plasma rico em plaquetas pobre em leucócitos mediante imunomarcação do TGF-Β1
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Resumo
O plasma rico em plaquetas (PRP) é considerado uma terapia sem efeitos colaterais sistêmicos. Entretanto, há controvérsia sobre a sua eficácia na cicatrização cutânea. Foi avaliado o efeito terapêutico do PRP pobre em leucócitos (PRP-PL) pela expressão do fator de crescimento transformante beta 1 (TGF-β1) por imunoistoquímica (IHQ). Foram realizadas três lesões cirúrgicas (6,25cm²) nas regiões glúteas direita e esquerda de sete equinos machos castrados, mestiços, hígidos, com idade entre 16 e 17 anos. Após 12 horas, 0,5mL do PRP-PL foi administrado em cada extremidade das feridas (total: 2 mL) de uma das regiões glúteas (GT) escolhida aleatoriamente. A região contralateral não recebeu PRP-PL (GC). Todas as feridas foram biopsiadas (Punch, 6mm) logo após produção da lesão (T0), com 14 (T1) dias, e após completo fechamento da pele, o que ocorreu aproximadamente com 37 dias (36,85±7,45, GC; 38,85±6,46, GT) (T2). Após processamento rotineiro, as amostras foram avaliadas por IHQ utilizando anticorpo primário (AcP) (anti- TGB-β1; SC-146). As imunomarcações foram avaliadas em imagens obtidas na forma de quadrante a partir do epitélio subjacente ao tecido de granulação em direção à derme, e então retornando ao epitélio, contabilizando cada célula imunomarcada. As imagens foram obtidas com o Software Q Capture Pro 6.0. Tecido de granulação exuberante e placenta canina foram usados como controle positivo. Para o negativo, o AcP não foi utilizado. Os dados foram analisados no GraphPad InStat versão 3.05. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparar GC e GT nos tempos avaliados e em cada tempo com relação ao T0 em ambos os grupos. O valor médio de células marcadas no T0 foi 46±14,04. No grupo tratado esse valor foi de 159,13 ± 33,3 e 112,75 ± 50,4 no T1 e T2, respectivamente. Enquanto no GC foi de respectivamente 153,03 ± 51,3 e 150,99 ± 51,1. Não houve diferença entre grupos (p>0,05) na contagem das células imunomarcadas, porém ambos os grupos apresentaram diferença (p<0,05) entre T0 e T1 ou T2. Os resultados indicam que o tratamento com PRP-PL não influencia na expressão do TGB-β1 em feridas glúteas avaliadas por IHQ aos 14 e 37 dias do processo de cicatrização cutânea equina. Os altos níveis de TGF-β1 em T1 e T2 com relação ao T0 indicam que as feridas ainda se encontravam em processo de cicatrização apesar do fechamento macroscópico da lesão.
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