Avaliação da estabilidade e reatividade de soros bovinos estocados sob diferentes temperaturas e submetidos ao teste do antígeno acidificado tamponado para o diagnóstico da brucelose em bovídeos

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C. B. Gitti
L. C. Zanette
E. J. Souza

Resumo

Na prática veterinária, os exames laboratoriais são importantes recursos utilizados para apoiar a confirmação do diagnóstico. As amostras de materiais devem passar por um adequado procedimento de embalagem para possibilitar a realização dos ensaios. Desse modo, o presente trabalho analisou a viabilidade diagnóstica de soros bovinos estocados em diferentes temperaturas simulando uma situação adversa de condições de armazenamento e tempo de transporte e submetidos ao teste diagnóstico da brucelose. Duas amostras de soro provenientes de dois bovinos, onde um era reagente à prova do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e a outra de animal não reagente, foram fracionadas em cinco frascos cada e armazenadas sob cinco diferentes faixas de temperatura: -20oC (soros controle), 20oC; 25oC; 30oC e 35oC. Diariamente as amostras foram submetidas à prova do AAT para a avaliação da sua reatividade. A qualidade da reação foi classificada como 1 (fraca) a até 4 (intensa). O experimento durou tantos dias quantos foram necessários para a obtenção de uma reação positiva no teste do AAT. Os ensaios do AAT para o diagnóstico da Brucelose foram realizados de acordo com a Instrução Normativa n. 41 de 24/11/2006 (BRASIL, 2006). As duas amostras submetidas às temperaturas de 20 e 25ºC permaneceram reativas até o 21º dia. Aquelas mantidas em 30 e 35ºC reagiram até o 30º dia. Durante todo o período experimental, as amostras apresentaram reação intensa de grau 4, não sendo observada a redução da intensidade de reação nos dias que antecederam o término das observações. Em todas as amostras, o último dia de reatividade ocorreu quando elas apresentaram contaminação bacteriana e nesses dias a intensidade de reação observada foi de grau 1. Vários autores avaliaram a estabilidade de diferentes analitos presentes no soro de cães, ratos ou em líquido cefalorraquidiano humano e até mesmo o efeito do congelamento em amostras de soro bovino para o diagnóstico da brucelose. Porém, até a data da submissão deste resumo, não foi encontrada publicação em que fosse analisada a manutenção das amostras em condições de temperatura ambiente (25ºC) ou superior para possibilitar a comparação de resultados. Pode-se concluir que a as amostras se mantiveram estáveis e reativas nas temperaturas testadas por pelo menos 20 dias. 

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Como Citar

Avaliação da estabilidade e reatividade de soros bovinos estocados sob diferentes temperaturas e submetidos ao teste do antígeno acidificado tamponado para o diagnóstico da brucelose em bovídeos. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 69–69, 2016. Disponível em: https://revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/31973. Acesso em: 5 dez. 2025.