Avaliação da vigilância em suínos para reconhecimento internacional de zona livre de peste suína clássica no estado de Goiás

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P. S. F. J. Val
L. A. G. Tomaz
D. P. O. Castro
A. A. Leal

Resumo

A suinocultura goiana representa um mercado potencial de 200 milhões de consumidores, gerando cerca de 10 mil empregos diretos e 30 mil empregos indiretos. Em 2013, a Peste Suína Clássica – PSC entrou para o rol das doenças passíveis de reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal – OIE, surgindo, assim, a necessidade de melhorar o sistema de vigilância na zona livre já estabelecida no Brasil, com reconhecimento nacional pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O reconhecimento internacional torna-se imprescindível para os Estados. O trabalho avaliou as ações do Estado de Goiás para treinamento de médicos-veterinários, a fiscalização de propriedades rurais e de postos fixos; atualização cadastral de propriedades rurais, estabelecimentos de abate; e a vigilância ativa em criatórios, granjas de suínos e estabelecimentos de abate entre 2014 e 2015. Foram treinados 299 profissionais, dos quais 251 (83,9%) eram médicos-veterinários; destes, 216 (86%) pertenciam ao Serviço Veterinário Oficial e 34 (11%) eram médicos- -veterinários autônomos. Foram fiscalizadas 5.992 (μ = 1.198) propriedades rurais com suínos e observado um forte incremento na vigilância entre 2011 e 2015 (y = 521,8x – 367). O número de fiscalizações em postos fixos somou 5.232 veículos fiscalizados e um aumento significativo durante a série analisada (y = 920,9x - 1716,3). O número de suídeos fiscalizados em postos fixos foi de 355.083 animais. O número de granjas de suínos foi apurado em 335 propriedades, 20 GRSC e 13.595 criatórios de suídeos, 24 estabelecimentos de abate com inspeção estadual e dois com inspeção federal. A vigilância sorológica para PSC compreendeu 2.751 amostras testadas, com 100% de resultados negativos para a enfermidade. Os inquéritos efetuados em criatórios somaram 69,8% (n = 1.919) dos exames sorológicos, 17,3% (n = 477) em reprodutores suínos de descarte abatidos em matadouros/frigoríficos, 12,6% (n = 347) colhidos em granjas de suínos por abate não significativos e 0,1% (n = 4) em suídeos asselvajados. O número de notificações que gerou vigilância passiva somou 33 casos, resultando em 939 amostras de soro colhidas. Um único município foi responsável por 75,8% (n = 25) das notificações e 81,8% (n = 768) das amostras testadas; outros cinco municípios somaram 18,2% das notificações. Houve um aumento significativo na vigilância em suídeos no Estado de Goiás a partir de 2013. Observou-se também um incremento na fiscalização do trânsito e de propriedades rurais e a melhoria no cadastro de granjas, criatórios e estabelecimentos de abate de suínos. Acredita-se que a evolução contínua das ações do Programa Estadual de Sanidade dos Suídeos da Agrodefesa resulte na obtenção do certificado de zona livre internacional para Peste Suína Clássica.

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Como Citar
VAL, P. S. F. J.; TOMAZ, L. A. G.; CASTRO, D. P. O.; LEAL, A. A. Avaliação da vigilância em suínos para reconhecimento internacional de zona livre de peste suína clássica no estado de Goiás. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 14, n. 2, p. 79-79, 29 ago. 2016.
Seção
RESUMOS ENDESA