Educação sanitária na “área de vigilância da fronteira de Mato Grosso (MT) com a república da Bolívia” – 2011 a 2014
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Resumo
O conjunto de valores das comunidades fronteiriças que auxiliam na efetividade das ações de defesa agropecuária relacionadas aos programas oficiais já existentes é pesquisa constante dos educadores em saúde animal e vegetal. Resultados obtidos na atenção às doenças Vesiculares, Hemorrágicas dos Suínos, Respiratória e Nervosa das Aves, Nervosa dos Herbívoros, e no controle de pragas na agricultura, têm exigido aprimoramento no trabalho educativo para manutenção de status sanitário, comercialização e efetiva participação em saúde pública. O registro de ações do Serviço de Defesa Agropecuária (SDA) permite a identificação da inobservância da legislação vigente por parte dos produtores rurais em ações sanitárias preestabelecidas. O Estado dispõe de metas de vigilância ativa nos municípios situados na fronteira Brasil/Bolívia, por considerá-los vulneráveis à introdução de pragas e doenças. No período de 2011 a 2014, foram levantados 300 autos de infração, 144 propriedades sem registro de vacinação (etapa novembro), 2.969 apreensões de produtos de origem animal e vegetal nas sete barreiras sanitárias e 139 Formulários de Investigação de doenças na região fronteiriça. Esses resultados desencadearam medidas educativas para promover a harmonização entre as exigências do SDA e a conduta dos produtores rurais. As atividades de educação sanitária foram iniciadas no ano de 2011 nos municípios de Cáceres, Porto Esperidião e Vila Bela da Santíssima Trindade, elegendo escolas, assentamentos rurais, reservas indígenas e propriedades rurais da faixa de 15 km da fronteira internacional. A participação da comunidade foi articulada por sorteio de kits de vacinação para os adultos, e aplicação de redação para escolares selecionando-se as melhores para premiação. Os temas abordados foram: validação de vacinações sistemáticas; conservação e aplicação de vacinas; regras para aquisição de produtos veterinários; atualização cadastral; prazos para notificação de suspeitas de doenças; exigências para trânsito de animais vivos; notificação de sugadura de morcegos e identificação de abrigos; ração de ruminantes no contexto da EEB; segurança no consumo de produtos de origem animal; riscos sanitários e comerciais no ingresso de animais, seus produtos e subprodutos e pragas exóticas no Brasil; aplicação de defensivos agrícolas e uso de EPI; descarte de embalagens de agrotóxicos. No período supracitado foram realizados 61 ciclos de palestras, abrangendo escolas e centros comunitários nas seguintes comunidades: Roça Velha, Corixinha, Assentamento Sapiquá, Clarinópolis, Vila Picada, sede de município, Palmarito, Assentamento Seringal e Vila Santa Clara, para um público de 2.507 pessoas. O comparecimento desse público é indicativo de interesse sobre os temas abordados e aponta favorecimento à intervenção no conjunto de valores da comunidade fronteiriça.
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