Notificações de doenças em suídeos efetuadas ao serviço veterinário oficial estadual Do Rio Grande do Sul no primeiro semestre de 2015
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Resumo
A produção de suínos no Estado do Rio Grande do Sul está inserida em um cenário dinâmico e a utilização de procedimentos de vigilância epidemiológica, capazes de detectar e/ou controlar doenças que acometem essa espécie animal, são recursos essenciais para o estabelecimento de um programa voltado para a saúde e produção animal. Como parte do escopo do Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul, a investigação das notificações de ocorrência de doenças e de mortalidade caracteriza-se pela ação de fiscais estaduais agropecuários, tão logo ocorra a notificação, estabelecendo-se uma sequência de visita à propriedade, diagnóstico laboratorial, no caso de suspeita fundamentada, e vigilância ativa para Peste Suína Clássica, no caso de suspeita não fundamentada. Pautados nos procedimentos operacionais padronizados construídos a partir das legislações estaduais e/ ou federais, os fiscais investigam as ocorrências e as registram no formulário de investigação de doenças – Inicial (FORM IN), encerrando ou não a investigação de acordo com o quadro encontrado. O presente trabalho relata as notificações oficiais de doenças que acometeram suínos no Estado do Rio Grande do Sul no primeiro semestre de 2015 incluindo 61 casos, abrangendo 2.457 suínos de um total de 43.760 animais presentes nas diferentes propriedades investigadas. Os diagnósticos obtidos pelos achados clínicos e laboratoriais foram: peritonite (19,6%); doença vesicular idiopática dos suínos (14,7%); septicemias (9,8%); lesão de comedouro (8%); pneumonia (6,5%); rotavirose (4,9%); circovirose (3,2%); traumatismo (3,2%), enquanto para enterite, dermatite pustular, deficiência nutricional e botulismo foi verificada a frequência de 1,6% por patologia. O conhecimento da distribuição espacial das diferentes enfermidades, assim como dos vínculos epidemiológicos, é de grande valia para o Serviço Veterinário Oficial na gestão dos programas sanitários no Estado do Rio Grande do Sul e para atestar a eficiência e agilidade do sistema de vigilância em saúde animal.
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