Análise comparativa de testes sorológicos com antígeno acidificado tamponado e ELISA, no diagnóstico da brucelose bovina, em rebanhos suspeitos e em saneamento de focos

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

K. D. Baumgarten
J. C. Silva
M. V. O. Neves
A. K. Rossi
R. Dettmer
I. Ulsenheimer
F. V. Pereira
P. Flores
M. Noebauer
C. Damo
T. D. Penso
B. M. T. Lopes

Resumo

O Estado de Santa Catarina vem realizando um Projeto Piloto de Erradicação da Brucelose Bovina, baseado em exames para detecção de anticorpos em leite para rastrear os rebanhos infectados. Porém, algumas propriedades reagentes no Ring Test e no ELISA em leite, após investigação sorológica, não apresentaram bovinos reagentes no exame com Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), o que sugere que os resultados dos exames efetuados com o leite fossem falsos positivos. Sabendo-se que o teste AAT é menos específico e sensível que o teste sorológico de ELISA, uma nova bateria de testes nessas propriedades (positivas nos exames em leite) foi realizada para garantir que animais provavelmente recém-infectados fossem detectados em exames sorológicos. Foram testados 198 bovinos provenientes de 13 propriedades que tiveram leite positivo para brucelose no teste ELISA em leite. Foram utilizados os exames preconizados pelo PNCEBT e também o ELISA em soro. Esse reteste foi realizado após seis meses da primeira bateria de testes com resultados negativos no AAT. Ainda outras oito propriedades em saneamento de foco tiveram 143 soros testados por ELISA, para comparar com os resultados de AAT. As 341 amostras de soro bovino foram testadas com o exame de triagem AAT, com o ELISA em soro (IDEXX) e com o Teste de Polarização Fluorescente (TPF), nos laboratórios da CIDASC e UDESC. Todas as amostras reagentes no AAT e ELISA foram encaminhadas para exame de 2-ME em laboratório credenciado. Das 341 amostras testadas, 18 foram reagentes no AAT, 47 foram positivas no ELISA soro, sendo 15 reagentes em ambos os testes. Nas 13 propriedades positivas no leite, cinco resultaram ELISA positivo, e uma resultou AAT reagente. Das oito propriedades em saneamento, todas tiveram soros positivos no ELISA e apenas cinco delas positivaram no AAT. Análises utilizando TPF e 2-ME estão sendo realizadas no laboratório da CIDASC e em laboratório credenciado, respectivamente, com resultados a serem informados em breve. Uma área de erradicação da brucelose bovina necessita de um exame com maior especificidade e sensibilidade para detectar e eliminar animais doentes, o que evitaria que um foco fosse considerado como finalizado por possuir exames negativos no AAT, mas podendo possuir animais em início da infecção, não detectados por esse procedimento. O diagnóstico por ELISA em leite e em soro poderá ser um avanço para a vigilância ativa da doença. Ainda é necessária a realização de novas pesquisas relacionadas à validação dos resultados de diagnóstico da brucelose bovina com o emprego de AAT, TPF e ELISA em áreas de baixa prevalência.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
BAUMGARTEN, K. D.; SILVA, J. C.; NEVES, M. V. O.; ROSSI, A. K.; DETTMER, R.; ULSENHEIMER, I.; PEREIRA, F. V.; FLORES, P.; NOEBAUER, M.; DAMO, C.; PENSO, T. D.; LOPES, B. M. T. Análise comparativa de testes sorológicos com antígeno acidificado tamponado e ELISA, no diagnóstico da brucelose bovina, em rebanhos suspeitos e em saneamento de focos. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 14, n. 2, p. 87-87, 29 ago. 2016.
Seção
RESUMOS ENDESA