Inquérito sorológico da leptospirose em animais domésticos de propriedades rurais da Ilha do Marajó - região amazônica, Brasil
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Resumo
Foi realizado o inquérito sorológico da leptospirose em quatro propriedades rurais de criação extensiva e aptidão mista, localizadas no município de Soure, Arquipélago do Marajó, Estado do Pará, Região Amazônica, que continham 1.020 animais (427 bubalinos, 420 bovinos, 107 equinos e 66 caninos) de ambos os sexos, com idades variando entre seis meses e oito anos, sem histórico de doenças reprodutivas e não submetidos à vacinação contra a leptospirose. A técnica utilizada foi a soroaglutinação microscópica com uma coleção de antígenos composta por 20 sorovares de leptospiras vivas. Triagem na diluição 1:100 da mistura soro-antígeno e titulação em uma séria de diluições geométricas de razão dois. O título da reação foi considerado como a recíproca da maior diluição, no qual foi observado 50% de leptospiras aglutinadas por campo microscópico. Houve positividade em todas as propriedades rurais trabalhadas e em todas as espécies de animais examinadas. Do total de animais testados, 38,14% foi reagente a pelo menos um sorovar. Quanto às espécies de animais, os bubalinos apresentaram 40,2% de positividade, seguido dos bovinos com 39,5%, caninos com 34,8% e por último os equinos com 26,1%. Os sorovares mais frequentes foram Hardjo (28%); Icterohaemorrhagiae (22%); Bratislava (14%); Castellonis (9,7%); Grippotyphosa (9%); Pyrogenes (5,6%) e Pomona (5%). Quanto à titulação, o título máximo, 400, foi obtido com o sorovar Hardjo, em 22 amostras de bovinos de duas propriedades rurais. Para os outros sorovares reagentes, só foi encontrado o título 100. Conclui-se que a leptospirose animal é endêmica em propriedades rurais marajoaras, prevalecendo a reatividade para os sorovares Hardjo e Icterohaemorrhagiae, conferindo potencial de risco para outros animais e o homem da região Amazônica.
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