Tumores em pele e partes moles de cães - Estudo clínico e cito-histológico

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Maria Carolina Catai Chalita
Julia Maria Matera
Maria Teresa de Seixas Alves
Adhemar Longatto Filho

Resumo

No período de agosto de 1998 a dezembro de 1999,213 cães portadores de 300 tumores em pele e/ou partes moles foram avaliados clinicamente, e o material coletado das lesões, com uma agulha fina (21-270), sem aspiração, foi submetido ao exame citológico. Os esfregaços foram secos ao ar e corados pela técnica de Rosenfeld. Cães com seis anos de idade ou mais (n=159) compreenderam 75%doscasos; 56% (n=119) dos animais eram do sexo masculino e 44% (n=94) do feminino. Animais sem raça definida (SRO) (n=74), seguidos das raças Boxer (n=21), Poodle (n=18), Pastor Alemão (n=15), Cocker Spaniel (n=12) e Doberman (n=ll) foram os mais freqüentes. Quarenta por cento dos cães (85/213) tiveram seus 117 tumores submetidos também ao exame histológico. Foram encontradas 77 lesões benignas (22 não-neoplásicas e 55 neoplásicas) e 40 malignas. Os tumores foram representados por lesões não-neoplásicas (19%), neoplasia epitelial (36%), neoplasia mesenquimal (30%), neoplasia de célula redonda (13%) e neopiasia melanocítica (2%). As lesões não neoplásicas mais freqüentes foram os processos inflamatórios com granuloma tipo corpo estranho (n=9) e os cistos epidérmicos (n=9); dentre as neoplasias benignas, o lipoma (n=14) e o tricoblastoma (n= IO) e, dentre as malignas, o mastocitoma (n= 14) e o hemangiopericitoma (n=9) foram as mais freqüentes. O método citológico demonstrou ser bastante eficaz na avaliaçãode tumores em pele e partes moles. com sensibilidade de 89%, especificidade de 100%. valor preditivo positivo de 100%. valor preditivo negativo de 96%. eficiência de 97% quando comparado ao exame histológico.

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Como Citar
CHALITA, M. C. C.; MATERA, J. M.; ALVES, M. T. DE S.; LONGATTO FILHO, A. Tumores em pele e partes moles de cães - Estudo clínico e cito-histológico. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 5, n. 2, p. 171-180, 1 jul. 2002.
Seção
CLÍNICA E CIRURGIA DE PEQUENOS ANIMAIS