Avaliação da importância do sistema porta-renal em papagaios (Amazona aestiva)
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Quando um medicamento é administrado na musculatura da coxa de uma ave, é absorvido por capilares da região, o fluxo sangüíneo atinge a veia ilíaca externa, que possui uma válvula porta renal na altura do rim. Esta válvula é controlada pelo sistema nervoso autônomo, podendo estar aberta ou fechada, dependendo de estímulo simpático ou parassimpático, respectivamente. Quando aberta, o fluxo sangüíneo vai para a veia cava através da veia renal e atinge a circulação sistêmica. Porém, quando a válvula está fechada, o fluxo sangüíneo vai para o parênquima renal adicionando-se ao sangue arterial e, conseqüentemente, o medicamento administrado pode ser eliminado pelo rim, antes de atingir a circulação sistêmica. O objetivo desse experimento foi avaliar a eficácia da quetamina • administrada na musculatura da coxa ou do peito em papagaios. Foram utilizados 6 papagaios (Amazona aestiva), os quais foram anestesiados com 30 mg/kg de quetamina pela via intramuscular no peito (G I, n=6) ou na coxa (G2 n=6), utilizando-se os mesmos animais nos dois grupos. Foram avaliados os seguintes parâmetros: tempo da aplicação do fármaco ao decúbito, período de latência, período de duração anestésica e período de recuperação. Não foi constatada nenhuma diferença estatística significativa entre os grupos, porém, em G2, dois animais foram descartados da análise estatística por não manifestarem sinais clínicos de anestesia, provavelmente por uma subdose relativa, isto é, parte da quetamina pode ter sido eliminada com a participação do sistema porta renal, antes de atingir a circulação sistêmica, o que sugere que a musculatura da coxa deve ser evitada quando se utilizam fármacos que são excretados "in-natura" pelos rins.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusica da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios instituicionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre);