Pensar a comunicação em programas de intervenção comunitária na área da saúde

Conteúdo do artigo principal

A. F. M. Oliveira
C. B. Faraco
I. C. S. Miranda
V. M. Guyoti

Resumo

Falar sobre a vitalidade da linguagem e da comunicação nas mais diversas atividades do homem assevera a máxima de que comunicar é imperativo. Somente na linguagem e pela linguagem é que nos constituímos como sujeitos sociais. O entendimento da linguagem e a comunicação são considerados saber transversal e o eixo principal das práticas de ensino em toda e qualquer área do conhecimento, incluindo as áreas da saúde. O trabalho analisa a contribuição dos estudos de linguagem na elaboração de materiais para censo comunitário realizado no curso de Medicina Veterinária e considera as relações que se estabelecem pela comunicação nos Programas de Intervenção Comunitária (PIC) da área da saúde. Como a inclusão de estudos linguísticos em PIC é uma proposta recente, deter-nos-emos nos trabalhos realizados até então. Firmados os métodos de pesquisa –questionário e entrevista –, partimos da reestruturação reflexiva, utilizada na coleta de dados de 2015, ponderando os tipos de questões que estruturam esses métodos e atentando para as particularidades de suas resultantes na hora da prática de entrevista. Percebeu-se que as questões abertas possibilitariam uma entrevista menos formal, facilitando a interação e instaurando uma relação empática entre os atores envolvidos na pesquisa. Num segundo momento, iniciamos o processo de análise e reformulação das perguntas, agora com base nos fatores de textualidade – coesão, coerência, intencionalidade, informatividade, situcionalidade, aceitabilidade e intertextualidade. As perguntas do questionário foram reajustadas com base no conceito de dialogismo. Para o linguista, as relações dialógicas, as relações de diálogo face a face, são relações de sentido que se estabelecem entre enunciados e enunciadores, que devem ser considerados como seres socialmente organizados, situados e agindo num complexo quadro de relações socioculturais. Feitas essas considerações, os conceitos de comunicação assertiva e de relação empática mais aceitos na modernidade foram reunidos e alargaram os sentidos de intervenção comunitária. Com essas práticas relatadas, ficou atestada a relevância da comunicação para um processo de intervenção nas comunidades que fosse mais efetivo e construtivo, contribuindo para a transformação social que este programa da área da saúde projeta ao futuro. 

Detalhes do artigo

Seção

VII CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO

Como Citar

Pensar a comunicação em programas de intervenção comunitária na área da saúde. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, [S. l.], v. 15, n. 1, p. 85–85, 2017. Disponível em: https://revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/36862. Acesso em: 5 dez. 2025.