Hiperplasia nodular da glândula perianal em fêmea canina

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M. B. Ferreira
K. S. B. R. Fernandes
A. M. Silva
B. Z. L. L. Rocha
K. C. Marques
I. R. S. Cardoso
K. D. Filgueira

Resumo

As glândulas perianais, também denominadas de hepatoides, são glândulas sebáceas modificadas que se localizam primariamente na pele da região perianal. Na espécie canina, embora estejam presentes após o nascimento tanto em machos quanto em fêmeas, são maiores e mais extensas nos machos adultos, e consequentemente a ocorrência de patologias relacionadas à glândula perianal é mais comum nestes últimos. Em virtude da rara ocorrência em cadelas, o presente trabalho descreve um caso de hiperplasia nodular da glândula perianal de uma fêmea. Uma cadela com doze anos, da raça poodle e castrada possuía um aumento de volume na região adjacente ao ânus. A paciente foi submetida à avaliação física. Solicitou-se exame citológico da lesão. Optou-se por uma biopsia excisional, seguida de histopatologia. Constatou-se normalidade dos parâmetros vitais. Havia um nódulo (2,2 × 1,8 × 1,2 cm) epidermodermal localizado na porção dorsal do esfíncter anal. Não ocorriam proliferações em outras áreas anatômicas aparentes. A citologia indicou processo proliferativo das glândulas perianais. O quadro histopatológico foi compatível com hiperplasia nodular de glândula hepatoide (ou perianal). O animal apresentou uma adequada recuperação pós-operatória, sem recidivas até o presente momento. A etiologia para a hiperplasia nodular da glândula perianal ainda não foi comprovada em sua plenitude, mas fatores hormonais parecem exercer um papel importante no desenvolvimento. O aparecimento da alteração relaciona-se, nos caninos machos, à presença da testosterona circulante (para os indivíduos não orquiectomizados), enquanto nas fêmeas caninas se associa à ausência da concentração de estrógenos, em virtude da prática de ovariossalpingo- histerectomia. Assim, esse padrão poderia justificar a gênese da hiperplasia da glândula perianal na cadela em discussão. A proporção da enfermidade, ao se comparar machos e fêmeas da espécie canina, é de 6:1, respectivamente. Tal afirmação reforçou a apresentação incomum da hiperplasia nodular da glândula perianal na cadela descrita. Dentre as lesões proliferativas cutâneas perianais das fêmeas caninas, principalmente aquelas castradas, deve-se considerar a hiperplasia da glândula hepatoide como um diagnóstico diferencial 

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Como Citar
FerreiraM. B.; FernandesK. S. B. R.; SilvaA. M.; RochaB. Z. L. L.; MarquesK. C.; CardosoI. R. S.; FilgueiraK. D. Hiperplasia nodular da glândula perianal em fêmea canina. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 15, n. 2, p. 89-89, 11 dez. 2017.
Seção
VII CONGRESSO PAULISTA DAS ESPECIALIDADES