Tratamento homeopático reverte prejuízos hematológicos e neurológicos em prole de cadela boxer com parto distócico

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

E. Teodorov
C. P. Coelho

Resumo

Em cadelas, a gestação tem duração média de 63 dias, oscilando entre 56 e 72 dias, e este intervalo de tempo está diretamente relacionado à duração do estro, que varia de indivíduo para indivíduo (JUTKOWITZ, 2008). Quando o parto está iminente, observa-se diminuição súbita da temperatura corporal, em cadelas, na ordem de 1°C, em consequência da diminuição dos níveis séricos de progesterona. Esta queda de temperatura corporal ocorre de 12 a 24 horas antes do início do parto e, por ser transitória, a temperatura retal deve ser monitorada a cada seis horas (JOHNSON, 2008), até que ocorra o parto. O parto anormal, também denominado distócico, ocorre quando há falha no início do parto ou quando há problema na expulsão normal dos fetos (DAVIDSON, 2001), uma vez que o parto já tenha iniciado. A distocia em cadelas pode ser causada por fatores maternos e fetais. Dentre os fatores maternos, pode-se citar anomalias pélvicas (fraturas ou luxações), anormalidades na vulva, vagina e cérvix, ou ainda, mau funcionamento uterino. Os fatores fetais podem incluir fetos muito grandes, estática fetal, falta de lubrificação fetal devido a anormalidades nos líquidos fetais, defeitos de desenvolvimento do feto, ou ainda, a morte do feto. Walett-Darvelid e Linde-Forsberg (1994) referem que 75% das distocias em cadelas são de origem materna e 25% de origem fetal. Bergström et al. (2006) destacam que a distocia ocorre principalmente pela inércia uterina primária, que é a falha em expulsar fetos de tamanho normal, e esse cenário pode ocorrer pela dilatação incompleta da cérvix. Montenegro (2010) ressalta que os principais sinais clínicos apresentados pelas cadelas em distocia são distensão abdominal e apatia. Bolson et al. (2004) afirmam que essas fêmeas podem apresentar estado clínico de choque e septicemia, decorrentes do acentuado tamanho do útero, o que pode acometer os filhotes se estes ainda estiverem no organismo materno. Uma cadela da raça boxer, com aproximadamente oito anos de idade, foi resgatada no município de São Bernardo do Campo, São Paulo. Nos exames hematológico, bioquímico e de imagem não foram constatadas alterações, sendo então prescritos Enrofloxacina 150mg, via oral (VO), uma vez ao dia (SID); e Drontal Plus® 2310mg, VO, por conta de leve enterocolite e para profilaxia, devido a presença de outros animais na residência. Após 25 dias foi observado que a cadela apresentava abdômen distendido e mamas inchadas. Solicitou-se ultrassonografia e foi constatada a presença de seis fetos, confirmando gestação em curso aproximado de 35 dias.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
TEODOROV, E.; COELHO, C. P. Tratamento homeopático reverte prejuízos hematológicos e neurológicos em prole de cadela boxer com parto distócico. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 16, n. 2, p. 94-95, 3 dez. 2018.
Seção
8º CONGRESSO DE HOMEOPATIA VETERINÁRIA DA AMVHB