Inquérito de Cryptosporidium spp. E Leishmania spp. Em cães domiciliados no município de Araçatuba, São Paulo, Brasil

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G. P. T. Moreno
G. M. Santos
K. D. S. Bresciani
V. M. F. Lima
W. L. Ferreira

Resumo

As parasitoses são enfermidades de elevada ocorrência e de extrema importância, considerando que alguns agentes apresentam potencial zoonótico e podem ocasionar quadros graves, especialmente em filhotes e imunossuprimidos. Em caninos, duas doenças parasitárias que infectam humanos merecem destaque: a criptosporidiose, que afeta principalmente a superfície das microvilosidades do epitélio intestinal de seus hospedeiros e é frequentemente subdiagnosticada; e a leishmaniose visceral, enfermidade endêmica na região deste estudo, cuja ocorrência é ainda pouco conhecida em animais jovens. Este trabalho investigou a ocorrência de Cryptosporidium spp. e Leishmania spp. em filhotes caninos domiciliados no Município de Araçatuba, Estado de São Paulo, Brasil. Foram examinados 44 cães, sem raça definida, 27 machos e 17 fêmeas, com até um ano de idade. Amostras fecais foram processadas pela técnica de verde malaquita para observação de oocistos de Cryptosporidium spp., e os soros foram analisados pela Reação de Imunoadsorção Enzimática (ELISA) com modificações para Proteína A conjugada a peroxidase para detecção de anticorpos para Leishmania spp. Pelas referidas técnicas, todas as amostras foram negativas para as duas enfermidades. A baixa positividade já era esperada, pois outras investigações realizadas no mesmo município encontraram 1% de positividade para Cryptosporidium spp. pelas técnicas de Kinyoun e Sheater. A infecção por Leishmania spp. depende do estado imunológico do hospedeiro; animais que são inerentemente mais sensíveis à doença poderão desenvolvê-la em idade precoce, enquanto outros mais resistentes podem se infectar jovens, mas não desenvolvem a doença até ficarem mais velhos, quando seu sistema imunológico declina, ou quando há uma infecção concomitante. Estudos comprovam que a soroprevalência geral é significativamente maior em grupos de cães mais velhos, mostrando que, com a idade, o risco de exposição aumenta. Contudo, nos cães examinados não foram obtidos resultados positivos para os parasitos mencionados.

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Como Citar
MorenoG. P. T.; SantosG. M.; BrescianiK. D. S.; LimaV. M. F.; FerreiraW. L. Inquérito de Cryptosporidium spp. E Leishmania spp. Em cães domiciliados no município de Araçatuba, São Paulo, Brasil. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 16, n. 3, p. 75-75, 11 dez. 2018.
Seção
VIII SIMPÓSIO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL