Diagnóstico clínico e por ressonância magnética de aplasia cerebelar em um cão da raça maltês: Relato de caso
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Resumo
A aplasia cerebelar é uma doença congênita rara, na qual o animal manifesta os sinais clínicos ao nascimento. Os sinais observados são ataxia, base ampla, tremor de intenção, diminuição da propriocepção com resposta exagerada e diminuição do tônus muscular, no entanto não são progressivos. Não existe tratamento e o prognóstico é ruim, mas estudos mostram que o animal pode aprender a andar com o tempo encostando-se à parede, com uma condição de vida razoável a depender da disponibilidade do proprietário de proporcionar uma boa qualidade de vida. O diagnóstico é feito pelo exame neurológico e confirmado pela Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética (RM). Foi atendido no Hospital Veterinário “Professor Ricardo Alexandre Hippler” um cão, macho, da raça Maltês, três meses de idade, com história de ausência de sustentação corporal desde o nascimento, tremor de intenção, ataxia e base ampla. Ao exame neurológico, o animal conseguia dar dois passos encostando-se na parede, havendo hipermetria, déficits posturais com respostas exageradas, tremor de intenção, base ampla e incoordenação motora. Foi realizada RM e observou-se uma área de hiperintensidade em T2 e hipointensidade em T1 na região do cerebelo, mostrando que a região do cerebelo foi preenchida por liquor. Sendo assim, foi feito o diagnóstico da aplasia cerebelar. O proprietário foi informado da doença, ass como sobre seu prognóstico, e orientado com relação a exercícios fisioterápicos, inclusive com confecção de uma cadeira de quatro rodas. Em casos desse tipo, a eutanásia é a escolha do proprietário, mas neste relato o proprietário optou pelo acompanhamento e manutenção da qualidade de vida do animal.
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