Mastocitoma cutâneo mimetizando dermatite atópica: Relato de caso
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Resumo
O mastocitoma é o tumor cutâneo que mais frequentemente acomete os cães, respondendo por 16 a 21% dos tumores de pele nessa espécie. Acomete cães de meia idade, sem predisposição sexual e pouca predisposição racial. O mastocitoma cutâneo manifesta-se de diferentes formas clínicas, geralmente apresentando-se sob forma de nódulo único não ulcerado e de crescimento lento, sendo a forma generalizada raramente descrita. O diagnóstico é baseado nos achados citológicos e/ou histopatológicos e o tratamento realizado de acordo com o estadiamento da doença, alcançando-se melhores resultados por meio de cirurgia e radioterapia. Foi atendido, no Hospital Veterinário da Unimes, um cão macho de raça labrador, sete anos de idade, com histórico de dermatopatia crônica, com sete meses de evolução, altamente pruriginosa e não responsiva a diversos tratamentos que incluíram corticoideterapia, antibioticoterapia e parasiticidas. Ao exame físico, o animal apresentava lesões de pele generalizadas, com prurido intenso, predominantemente localizadas em face, membros, região axilar e inguinal, lembrando padrão lesional de dermatite atópica. As lesões consistiam em áreas de alopecia, eritema, crostas, hiperqueratose, pápulas e fístulas drenando conteúdo piosanguinolento, confirmando presença de piodermite profunda secundária. A suspeita de demodicidose generalizada foi excluída pelo resultado negativo dos raspados de pele e a possibilidade de dermatite alérgica a ectoparasitas foi refutada pelo aspecto lesional e pelo fato do animal receber aplicação regular de pulicida. Assim, optou-se pela realização de estudo histopatológico da pele, que evidenciou mastocitoma cutâneo grau II. Frente ao diagnóstico, instituiu-se tratamento quimioterápico com vimblastina e prednisolona. Após seis sessões de quimioterapia, observou-se persistência das lesões e do prurido; optou-se, então, pela adição de ciclofosfamida ao protocolo, o qual vem sendo mantido até o momento, com boa resposta clínica à terapia.
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