Torção e ruptura esplênica independente de síndrome vólvulo-torção gástrica em cão: Relato de caso

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G. Thizen
C. F. Alves
R. A. Moreira
F. Borém
G. C. Vidotto
A. Farias
S. A. Stefanes

Resumo

Torção esplênica é a rotação do baço em seu pedículo vascular, frequentemente concomitante à dilatação vólvulo gástrica, sendo a torção esplênica isolada de ocorrência rara em cães. Pode estar associada a anormalidades congênitas ou rupturas traumáticas dos ligamentos gastroesplênicos ou esplenocólicos. Sua forma primária pode ser de caráter agudo, podendo causar sinais de choque e colapso cardiovascular. Geralmente ocorre em cães de raças grandes e não apresenta predileção sexual ou etária. Os sinais clínicos são considerados inespecíficos, como vômito, apatia, hipertermia e dor abdominal, tornando a afecção de difícil diagnóstico. Os achados radiográficos e ultrassonográficos mais comuns são a redução dos detalhes viscerais associados à efusão peritoneal e ao deslocamento do intestino delgado por um baço aumentado, sendo o contorno esplênico frequentemente de difícil discernimento. Normalmente, o tratamento de eleição é cirúrgico e emergencial, promovendo-se a esplenectomia, para que não ocorra recidiva e a chegada de debris necróticos à circulação sistêmica. O retardo no diagnóstico pode resultar em necrose esplênica, sepse, peritonite e/ou CID. O prognóstico geralmente é satisfatório após intervenção cirúrgica. Atendeu-se no hospital veterinário da UPIS um cão, raça pit bull, cinco anos, pesando 28 kg, apresentando hiporexia, mucosas hipocoradas, distensão abdominal e sensibilidade à palpação. O diagnóstico foi obtido através da abdominocentese e ultrassonografia abdominal. Optou-se, então, pela intervenção cirúrgica. Durante a laparotomia, foi confirmado o diagnóstico, sendo tratada por meio de esplenectomia total. Mediante resultados laboratoriais, foi necessária a realização de transfusão sanguínea e de tratamento antiprotozoário, suspeitando-se de hemoparasitose. Após 21 dias de tratamento, o animal recebeu alta médica. Conclui-se, então, que é imprescindível a intervenção cirúrgica nos casos diagnosticados, visto que a torção aguda do baço pode levar o animal a óbito.

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Como Citar
THIZEN, G.; ALVES, C. F.; MOREIRA, R. A.; BORÉM, F.; VIDOTTO, G. C.; FARIAS, A.; STEFANES, S. A. Torção e ruptura esplênica independente de síndrome vólvulo-torção gástrica em cão: Relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 9, n. 2, p. 49-50, 11.
Seção
RESUMOS CONPAVET