Aspectos diagnósticos e terapêuticos da displasia renal em cães

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Veridiane da Rosa Gomes
Thaís Oliveira Corrêa
Gisandra de Fátima Stangherlin
Bianca Silva Medeiros
Mariana Dalla Palma
Carlos Eduardo Bortolini

Resumo

Foram atendidos no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (HV-UPF), três caninos com queixa de vômitos esporádicos. O primeiro caso de um canino fêmea, dois anos de idade, Lhasa apso, 5.5kg, que também apresentava prostração, perda de peso, hiporexia, poliúria e polidpsia. Os demais não apresentavam mais nenhuma manifestação relevante. O segundo paciente um canino, fêmea, sete anos, pinscher, 2,9kg e o terceiro um canino, macho, dois anos e oito meses, Yorkshire terrier, 4kg. Foram solicitados exames complementares de hemograma, perfil bioquímico (ureia e creatinina) e ecografia abdominal. As alterações hematológicas visualizadas no caso 1 foi a elevação da creatinina (7,13mg/dl) e ureia (253,30mg/dl) e presença de anemia normocítica normocrômica arregenerativa. No segundo paciente os exames hematológicos apresentavam-se preservados e no último, ocorreu o aumento moderado de ureia (77,19mg/dl) e creatinina (2,89mg/dl). A ecografia demonstrou em todos os casos ambos os rins de formato hipertrófico, contorno irregular, aspecto hiperecogênico e perda do limite cortico-medular, sugerindo um quadro de displasia renal. A terapêutica instituída no primeiro relato foi fluidoterapia endovenosa com Nacl 0,9%, ondansentrona (0,2mg/kg-¹, TID, IV), ranitidina (2mg/kg-¹, TID, IV), furosemida (3mg/kg-¹, TID, IV) enrofloxacina (5mg/kg-¹, BID, IV), sulfato ferroso (conforme indicação do fabricante), omeprazol (1mg/kg-¹, SID, IV), sucralfato (30mg/kg-¹, TID, VO), benazepril (0,5mg/kg-¹, SID, VO), metronidazol (7mg/kg-¹, BID, IV), eritropoietina recombinante humana (100UI/ kg-¹, 3x/semana, SC) e transfusão sanguínea. Nos outros dois, foi instituído tratamento com ração comercial para nefropatas, onde no caso 2 foi optado somente pela ração e no caso 3, além da dieta, instituiu-se tratamento com cetoanálogo e aminoácidos essenciais (conforme indicação do fabricante) e furosemida (2mg/kg-¹, BID, VO) durante sete dias. O paciente do primeiro caso veio à óbito após 26 dias de tratamento, devido à gravidade do quadro clínico. Os demais permaneceram com o quadro estável. Por se tratar de uma doença de origem congênita, destaca-se a importância do diagnóstico precoce, proporcionando um melhor controle da doença, devido à possibilidade de desenvolvimento de doença renal crônica, dessa forma é imprescindível a monitorização periódica, principalmente em paciente com sinais indicativos de possível lesão renal.

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Como Citar
GOMES, V. DA R.; CORRÊA, T. O.; STANGHERLIN, G. DE F.; MEDEIROS, B. S.; PALMA, M. D.; BORTOLINI, C. E. Aspectos diagnósticos e terapêuticos da displasia renal em cães. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 3, p. 85-86, 11.
Seção
RESUMOS CONBRAVET