Aspectos diagnósticos e terapêuticos da displasia renal em cães
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Resumo
Foram atendidos no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (HV-UPF), três caninos com queixa de vômitos esporádicos. O primeiro caso de um canino fêmea, dois anos de idade, Lhasa apso, 5.5kg, que também apresentava prostração, perda de peso, hiporexia, poliúria e polidpsia. Os demais não apresentavam mais nenhuma manifestação relevante. O segundo paciente um canino, fêmea, sete anos, pinscher, 2,9kg e o terceiro um canino, macho, dois anos e oito meses, Yorkshire terrier, 4kg. Foram solicitados exames complementares de hemograma, perfil bioquímico (ureia e creatinina) e ecografia abdominal. As alterações hematológicas visualizadas no caso 1 foi a elevação da creatinina (7,13mg/dl) e ureia (253,30mg/dl) e presença de anemia normocítica normocrômica arregenerativa. No segundo paciente os exames hematológicos apresentavam-se preservados e no último, ocorreu o aumento moderado de ureia (77,19mg/dl) e creatinina (2,89mg/dl). A ecografia demonstrou em todos os casos ambos os rins de formato hipertrófico, contorno irregular, aspecto hiperecogênico e perda do limite cortico-medular, sugerindo um quadro de displasia renal. A terapêutica instituída no primeiro relato foi fluidoterapia endovenosa com Nacl 0,9%, ondansentrona (0,2mg/kg-¹, TID, IV), ranitidina (2mg/kg-¹, TID, IV), furosemida (3mg/kg-¹, TID, IV) enrofloxacina (5mg/kg-¹, BID, IV), sulfato ferroso (conforme indicação do fabricante), omeprazol (1mg/kg-¹, SID, IV), sucralfato (30mg/kg-¹, TID, VO), benazepril (0,5mg/kg-¹, SID, VO), metronidazol (7mg/kg-¹, BID, IV), eritropoietina recombinante humana (100UI/ kg-¹, 3x/semana, SC) e transfusão sanguínea. Nos outros dois, foi instituído tratamento com ração comercial para nefropatas, onde no caso 2 foi optado somente pela ração e no caso 3, além da dieta, instituiu-se tratamento com cetoanálogo e aminoácidos essenciais (conforme indicação do fabricante) e furosemida (2mg/kg-¹, BID, VO) durante sete dias. O paciente do primeiro caso veio à óbito após 26 dias de tratamento, devido à gravidade do quadro clínico. Os demais permaneceram com o quadro estável. Por se tratar de uma doença de origem congênita, destaca-se a importância do diagnóstico precoce, proporcionando um melhor controle da doença, devido à possibilidade de desenvolvimento de doença renal crônica, dessa forma é imprescindível a monitorização periódica, principalmente em paciente com sinais indicativos de possível lesão renal.
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