Morfologia e características de potros da raça Brasileiro de Hipismo no salto de obstáculo
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Abstract
A seleção de potros para atividades desportivas é fator importante na redução de custos na produção de equinos para o hipismo. Objetivou-se avaliar a morfologia em estação forçada e características de potros da raça Brasileiro de Hipismo durante o salto de obstáculos. Utilizou-se 39 potros da Coudelaria de Rincão, Exército Brasileiro, com idade entre 20 e 23 meses de idade, sem nenhum tipo de treinamento, nos quais foram afixados 19 marcadores reflexivos, utilizados como pontos de referência para a avaliação das características de desempenho durante o salto. Foram avaliadas cinco tentativas de salto em liberdade, em um obstáculo Vertical com 0,60m de altura. As filmagens foram realizadas com câmera de 100 Hz e as imagens, processadas no Simi Reality Motion Systems®. Calculou-se a correlação de Pearson (SAEG) entre os perímetros do tórax, antebraço, joelho e canela com as características de desempenho: amplitude e velocidade dos lances anterior, sobre e posterior ao obstáculo, distâncias: da batida, da recepção, boleto-articulação úmero-radial, escápula-boleto e boleto-soldra; alturas dos membros anteriores e posteriores sobre o obstáculo, ângulos: escápulo-umeral, úmero-radial, rádio-carpo-metacarpiano, do pescoço, cernelha-garupa-boleto, coxo-femural, fêmur-tibial e tíbio-tarso-metatarsiano; altura vertical máxima e deslocamento horizontal da cernelha em relação ao obstáculo durante a trajetória do salto. O Índice Dáctilo-Torácico classifica-os em hipermétricos eumétricos e hipométricos (animais pesados, médios e leves, respectivamente). Os potros foram classificados em hipermétricos, com idt>11,5, provavelmente por estarem em crescimento. Foi observado Índice de Carga na Canela (indica a capacidade dos membros de deslocar a massa corporal) de 4,85. Os maiores valores de correlações foram observados entre perímetro do joelho e o perímetro da canela e antebraço, de 0,75 e 0,73, respectivamente. O perímetro do tórax foi o que mais se correlacionou com as características dos equinos no salto: amplitude do lance anterior ao obstáculo (0,34), altura dos membros anteriores sobre o obstáculo (-0,31); distância vertical boleto- articulação úmero-radial (0,51); distância vertical escápula-boleto (0,51); máxima e deslocamento horizontal da cernelha em relação ao obstáculo durante a trajetória do salto (0,28); ângulo úmero-radial (0,35). O perímetro da canela correlacionou com amplitude do lance anterior ao obstáculo (0,31); distância vertical escápulaboleto (0,41); ângulo fêmur-tibial (0,30); ângulo tíbio-tarso-metatarsiano (0,33); deslocamento horizontal mais elevado da cernelha no salto (0,31); ângulo úmero-radial (0,38). As características morfológicas não tiveram correlações fortes com as características de desempenho dos potros no salto.
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