Avaliação da proteína c reativa como marcador inflamatório e de seu potencial para monitoração terapêutica em casos de pênfigo foliáceo e de piodermite superficial na espécie canina
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Abstract
A Proteína C Reativa (PCr) é conhecida como a principal proteína de fase aguda em cães. Nesses espécimes, a elevação da PCr tem sido observada em ampla variedade de condições mórbidas. A determinação da PCr tem sido proposta como um marcador inflamatório de algumas doenças autoimunes. O presente trabalho investiou se a PCr poderia ser utilizada como um marcador biológico precoce para diferenciar o pênfigo foliáceo (PF) da piodermite superficial (PS) em cães. Foram incluídos 59 cães divididos em três Grupos: I (Controle) com 31 animais, II (PF) e III (PS), cada um constituído por 14 animais. Submeteram-se, respectivamente, fragmentos cutâneos e soros de caninos, acometidos por PF ou PS, a exames histopatológicos e imunofluorescência direta (IFD) e à determinação de PCr e, também, a imunofluorescência indireta (IFI), utilizando-se para essa última coxins palmo-plantares a título de substrato. Em diferentes momentos, por período de até 90 dias, os pacientes penfigosos foram avaliados quanto ao grau de acometimento pelo PEFESI, somado a realização de IFI e PCr. Comparando-se os valores de IFD com aqueles da histopatologia, foi obtido o valor geral de concordância, dita substancial, de 75% e Índice Kappa (k) de 0,77 (p<0,001). Já, na IFI o valor de concordância, considerado perfeito, foi de 100% ek de 1,0 (p<0,001), em relação, também, à histopatologia. O Grupo II apresentou maior valor de mediana de PCr (37,4 μg/mL) quando comparado aos Grupos I, com 2,9 μg/ mL (p<0,0001) e III, com 3,8 μg/mL (p=0,008). Não houve diferença entre os Grupos I e III (p=0,178). Pôde-se evidenciar que os títulos de IFI e os valores de PCr reduziram, na maioria dos casos de PF, tal como o esperado em momentos de melhora clínica. Considerando-se como ponto de corte um valor de PCr>10,6μg/mL, a chance de um animal estar acometido pelo PF é 5,5 vezes maior àquela de um cão não afetado. Conclui-se que a determinação de PCr é de inequívoca valia para o estabelecimento de diferenciação diagnóstica entre o PF e a contumaz PS.
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