Variação da sensibilidade do exame microbiológico para identificação de Staphylococcus aureus em vacas individuais de um rebanho holandês infectado naturalmente por Streptococcus agalactiae e Staphylococcus aureus
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Abstract
Em rebanhos onde a mastite subclínica é causada por patógenos contagiosos, as ações de controle devem visar à erradicação de S. agalactiae com o emprego de antimicrobianos e o descarte de animais que apresentem infecção crônica por S. aureus. Deste modo, o diagnóstico microbiológico assume um papel fundamental para a escolha das medidas de controle a serem aplicadas aos indivíduos. O presente trabalho avaliou a sensibilidade do isolamento de S. aureus em animais coinfectados por S. aureus e S. agalactiae em um rebanho submetido ao tratamento para erradicação de S. agalactiae. Foi realizado o exame microbiológico de amostras compostas de leite de 159, 144 e 131 vacas em lactação durante três meses consecutivos. No primeiro exame, o S. agalactiae foi isolado em cultura pura de 39 vacas e S. agalactiae e S. aureus de 58 vacas. Após o primeiro exame, foi efetuado o tratamento intramamário com antimicrobiano nas vacas infectadas por S. agalactiae. De 19 vacas em que no primeiro exame houve isolamento apenas de S. agalactiae, no segundo exame 15 apresentaram isolamento de S. aureus e quatro de S. aureus e S. agalactiae. Também no segundo exame foi obtido o isolamento de S. agalactiae em cultura pura de nove vacas e S. agalactiae e S. aureus de 11 vacas. Foi efetuado o tratamento das vacas infectadas e no terceiro exame apenas uma vaca apresentou isolamento de S. aureus e S. agalactiae. Com base nos resultados obtidos, a sensibilidade da cultura do leite de vacas para identificação de S. aureus foi para o primeiro e segundo exames de 50,0% (19 vacas falso-negativas) e 89,7% (uma vaca falso-negativa), respectivamente. Os estreptococos são liberados em quantidades maiores pela glândula mamária em relação aos estafilococos e a sensibilidade do diagnóstico microbiológico de S. aureus em nível de vaca é menor do que a observada para S. agalactiae. Tais fatos justificam os resultados obtidos no estudo, uma vez que, após o tratamento das vacas em lactação e consequente eliminação do S. agalactiae, foi observado um maior número de animais infectados por S. aureus. Portanto, a coinfecção de vacas pode reduzir a sensibilidade de identificação de S. aureus.
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